adeus, […]
oi,
não sei bem como começar. nunca sei, na verdade. sou muito melhor em terminar as coisas, sejam elas boas ou ruins. tudo acaba, então melhor que seja rápido. fugaz. intenso. mas com um ponto final definido. e, de preferência, por mim.
apesar disso, eu não consigo te deixar ir.
quando cogitei sua presença, foi catártico. como morrer e voltar à vida entre um segundo e outro. não houve mais uma vida sem a ideia de você, o que parece um clichê adolescente patético. me perdoa por isso. assim como pelo outro tanto de breguice que eu provavelmente vou escrever aqui.
imagino a gente tomando sorvete de chiclete. indo no shopping assistir o gato de botas. brigando para escolher um restaurante. comemorando os aniversários. passando pelos mais variados tipos de desconforto e sobrevivendo. indo e voltando dos lugares. rindo de nossas piadas internas. sentindo a conexão que só nós teríamos. dividindo os medos. colhendo as lágrimas. vivendo. vivendo.
pelo seu bem, preciso ir. é que te segurar tem doído tanto, tanto. se eu não for agora, não vou estar aqui para você quando isso realmente fizer sentido. e eu quero estar aqui para você. não agora, mas no futuro. ah, no futuro. todo mundo parece perfeito, coerente e bem resolvido por lá. espero que eu também. espero que eu te encontre. espero que você seja feliz me encontrando.
eu amo muito você. obrigada por ter me mostrado quanta força havia em mim e quanto amor eu tenho para dar.
até logo, viu?
com carinho, R.